
O arrependimento e o mundo regenerado
“Então aparecerá no céu o Filho do Homem e todas as tribos
da terra baterão no peito e verão o sinal do Filho do Homem vindo sobre
as nuvens do céu com poder e grande glória. " Mateus 24; 30
Jesus, em Mateus 24, dá-nos saber dos escuros dias que se abaterão
sobre a Terra da sua morte ao seu regresso. Diz-nos da temporalidade das
coisas materiais, pois não restará “pedra sobre pedra”. Fala-nos de
guerras, fomes e terremotos e que isso são os princípios das dores.
Orienta-nos, curiosamente, a leitura do profeta Daniel. Alerta-nos sobre
os falsos cristos e sobre a amplitude dos acontecimentos.
Um desfiar de novelo que nossa inteligência não alcança sem nos
enfileirarmos aos falsos profetas. Entretanto, guardamos a observação do
Divino Senhor de que, em todos os cantos, haverá arrependimento – “e todas as tribos da terra baterão no peito”.
Aqui devemos resgatar o ensino do Apóstolo do Consolador, quando, ao
discorrer sobre o Código Penal da Vida Futura em O Céu e o Inferno, nos
diz que o arrependimento é o primeiro passo para a regeneração.
Ao vermos desmantelar as pedras do templo exterior que soerguemos com sacrifícios, perguntaremos qual o Eclesiastes: Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho...?
(Ecl.; 1,1) Dedicamo-nos por séculos à suntuosa construção de templos
externos. Nossos valores foram depositados na efemeridade das coisas
materiais, refletindo orgulho e posse.
Assim, perante o encantamento
vaidoso dos seus discípulos defronte ao Templo de Jerusalém, ensina
Jesus: “não ficará aqui pedra sobre pedra”. Acolá acrescenta: “Passarão o céu e a terra. Minhas palavras, porém, não passarão”.
Ou seja, os valores da Boa Nova: o amor, a equidade, a justiça, a fé e
outros tantos valores com os quais construímos nosso templo interior,
jamais passarão, são sólidos como a palavra de Jesus e eternos como as
Leis Divinas.
Ao deslumbre dos sinais preditos por Jesus, deve o trabalhador da
última hora manter o coração sereno, seguindo a própria orientação do
Messias: cuidado para não vos alarmardes (Mat. 24; 6); pois sua transformação íntima precedeu ao escurecimento do sol
(Mat. 24; 29), estando aposto à tarefa de consolação dos corações
apreensivos, para que após as dores e o arrependimento emerja um novo
mundo, um mundo de regeneração.
Muita paz.
Pensador Espirita
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