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terça-feira, 9 de julho de 2013

UTILIZAR OU NÃO UTILIZAR DO BOM SENSO?

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Existem duas principais maneiras de tornar possível o impossível, a primeira:
utilizarmos do bom senso; a segunda: não utilizarmos do bom senso. Pode parecer paradoxal esta afirmação, e de fato ela a é. O lado positivo desta questão: a criatividade aflora com mais facilidade a partir de análises meticulosas de questões paradoxais.

Uma interessante informação: se fizermos a seguinte pergunta: “Qual é a qualidade que poucos possuem, mas todos julgam possuí-la?”, a resposta mais óbvia será: bom senso. 

Faça uma pesquisa sobre este tema. Pergunte a dez pessoas do seu relacionamento se elas julgam ter bom senso. Essa é uma das poucas questões em que há unanimidade nas respostas. Todos os seus amigos, sem nenhuma exceção, irão dizer a você que são pessoas de bom senso.

 Mas, como você conhece-os bem, concluirá que não é bem assim... Se quiser continuar a pesquisa, faça a mesma pergunta a uma pessoa que você comprovadamente sabe que, se há uma qualidade que ela não possui, essa qualidade é o bom senso. Porém, essa pessoa totalmente desprovida de bom senso também dirá que tem essa qualidade.

Em meu livro Torne Possível o Impossível, Editora Butterfly, comento sobre o que é uma pessoa de bom senso: “É aquela pessoa ponderada. É aquela que, ao necessitar tomar uma decisão em relação a determinada questão, sabe ponderar, isto é tem habilidade para segmentá-la e atribuir pesos adequados a cada parte da questão. 

Na análise de um problema, a pessoa de bom senso enxerga à sua frente uma pizza fatiada. Cada fatia representa um ângulo do problema a ser analisado. E, assim, a pessoa de bom senso valoriza cada um dos ângulos e toma a decisão mais conveniente, que, como qualquer decisão, certamente desagradará a uns e outros (algo que a pessoa de bom senso tem plena consciência, pois ela sabe respeitar e entender as naturais diferenças de opiniões). 

A pessoa de bom senso também tem consciência de que – uma vez tomada determinada decisão – terá que ‘trabalhar’ os descontentes, pois, caso isso não seja feito, eles poderão influir negativamente no resultado da ação a ser executada. Sabe a pessoa de bom senso que o descontente em relação a determinada decisão geralmente torce (muitas vezes de forma inconsciente até) para a ocorrência do insucesso.”
Vimos que “utilizar o bom senso” é a primeira das duas principais maneiras de tornar possível o impossível. Vamos à segunda maneira de tornar possível o impossível, que é não utilizar o bom senso. “Não utilizar o bom senso!!!!?” Uma vez que esta afirmação contraria o que afirmei em linhas anteriores, não é paradoxal fazer tal afirmação? Acontece que não necessariamente a lógica linear deve prevalecer. 

Conviver com paradoxos, agir muitas vezes de forma não-lógica (considerando o pensamento comum) devem ser características básicas do líder atual. O líder que sempre segue a corrente faz o que todos fazem. E quando uma empresa faz o que todas fazem, ela não inova. E quem não inova não consegue tornar possível o impossível.

Peço especial atenção para a afirmação a seguir: “não utilizar o bom senso”. Perceba que não disse “não ter bom senso”. Em vez de não ter bom senso, escrevi não utilizar o bom senso, o que é bem diferente. 

A pessoa de bom senso pode, por sua conveniência, não o utilizar às vezes. A pessoa de bom senso precisa ter consciência de que assim como em muitos momentos basta utilizar o bom senso, também existirão momentos outros — em número cada vez mais crescente — em que não utilizar o bom senso é a melhor saída. É aquele momento em que você desprende-se das normas, ignora as regras, enfim, reforçando, é o momento em que você contraria o senso comum.

Tornar possível o impossível é conseqüência da inovação. E a inovação é fruto da criatividade que, por sua vez, manifesta-se mais facilmente quando utilizamos de certa irreverência, quando nos libertamos de normas e regras. Por isso é importante deixar o bom senso de lado se quisermos criar um ambiente de certa irreverência.

Embora em alguns momentos possamos reprimir o bom senso para que a criatividade tenha espaço para aflorar, em outros devemos solicitá-lo a fim de colocarmos em ação as idéias inovadoras que nos ocorrerem. Quando utilizar o bom senso? Quando não utilizar o bom senso? O que irá determinar a crucial decisão será o nosso grau de sensibilidade.

Concluindo, utilizemos ou não o bom senso para o aflorar da criatividade, é importante que saibamos que ele sempre deve estar presente na hora de colocarmos em ação as idéias inovadoras que tivemos.


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